Maria Antonieta ou Marie Antoinette Habsburg-Lothringen (1755-1793) nasceu em 2 de novembro de 1755, em Viena, Áustria, sendo a filha mais nova da imperatriz Maria Teresa da Áustria (1717-1780) e imperador Francisco I (1708-65). Sua infância foi marcada pelo ambiente da corte austríaca, desse modo cercada por luxo e tradição.
Maria Antonieta aos 14 anos, em 1770, surpreendentemente foi prometida em casamento ao futuro rei da França, Luís XVI, como parte de um acordo político para fortalecer as relações entre a Áustria e a França. Assim, mudou-se para a França, onde se casou com Luís XVI em uma cerimônia realizada em 16 de maio de 1770.
Maria Antonieta era conhecida por seu estilo extravagante e moda exuberante. Ela adorava inovar em suas roupas, portanto sua influência sobre a moda era imensa. Ela popularizou penteados elaborados, corpetes exuberantes e saias volumosas. Além disso, foi uma grande entusiasta de tecidos luxuosos, como a seda e a renda, e de joias suntuosas.
Maria Antonieta casou-se com o futuro rei da França, Luís XVI, aos 14 anos. Esse casamento tinha objetivos políticos, visando fortalecer as relações entre a Áustria e a França. No entanto, inicialmente, eles tiveram dificuldade para consumar o casamento, o que gerou muita pressão sobre a jovem rainha.
A famosa frase atribuída a Maria Antonieta, “Se não têm pão, que comam brioches”, é um mito. Não há evidências de que ela tenha proferido essa declaração. O mito, no entanto, reflete a percepção de desdém que a população francesa começou a sentir em relação à rainha, devido à sua extravagância e ao distanciamento da realidade econômica do país.
Maria Antonieta levava uma vida suntuosa no Palácio de Versalhes, com extravagâncias e festas luxuosas. Apesar disso, ela também era alvo de fofocas e intrigas na corte. Sua busca por escapar das formalidades e do tédio da vida na corte real levou-a a criar um pequeno refúgio, o “Hameau de la Reine”, uma espécie de vila campestre artificial dentro de Versalhes.
Maria Antonieta enfrentou crescente impopularidade, especialmente devido à situação econômica desfavorável na França. Ela era vista como uma mulher fútil e distante, incapaz de compreender as dificuldades do povo (embora ela sempre fizesse tentativas frustradas de compreender o povo francês, e quando realmente sentiu que estava próxima disso, começou a sentir na pele a hostilidade, impulsionada pela propaganda revolucionária).
Stefan Zweig, renomado escritor e historiador, ofereceu uma visão mais humanizada de Maria Antonieta em sua obra “Maria Antonieta: Retrato de uma Mulher Comum“, onde a retratou como uma pessoa sensível, uma mulher com emoções, aspirações e preocupações enormes por seu povo e sua família. Zweig enfatizou a humanidade por trás da figura da rainha, apresentando-a como alguém que, mesmo enfrentando adversidades extremas durante sua prisão e os últimos dias da monarquia, manteve sua compostura, resiliência e paciência cristã, mesmo diante dos maiores ultrajes.
Ilustração acima: Maria Antonieta sendo levada à guilhotina em uma carroça
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